terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O CORNETEIRO


Autor: José Lemos
Pipoca acordava feliz da vida, iniciando logo a jornada diária, sua venda de picolé, não esquecendo nunca a propaganda feita através da tradicional corneta, anunciando o picolé mais gelado da cidade. Um freguês assíduo e muito amigo, notou a tamanha alegria do picolezeiro e quis saber o motivo, depois de muita insistência ficou sabendo, pois conseguiu que pipoca lhe contasse tudo. Após a noite de sua primeira mulher, já havia conseguido companhia de umas seis ou sete amasias. Todas enfeitaram
, por traz de uma folhas, um vulto que logo identificou ser de um soldado que fazia sinal para sua companheira. Pipoca entrou na casa e com um rolo de papel higiênico na mão partiu em direção ao policial que já ia saindo da privada. Ofereceu-lhe papel e ele educadamente agradeceu “muito obrigado, já estou de saída.” A viúva foi a última na sua relação, apenas com a a sua cabeça. A última, uma viúva juramentada, uma perfeição de honestidade, com muita lábia foi viver em sua casa. Estou feliz, pensando que afinal havia encontrado a mulher ideal.
Foi ao supermercado e adquiriu um rancho para todo o mês. De passagem pelo mercado, comprou bastante peixe, o que foi prontamente tratado, causando ao nosso Pipoca sentimento de culpa. Sentiu remorso pelo enorme trabalho que estava dando a sua recém conquistada. Da porta da cozinha, avistou no fundo do quintal, por traz de umas folhas, um vulto que logo conheceu ser de um soldado que fazia sinal para sua companheira. Pipoca entrou na casa e com um rolo de papel higiênico na mão partiu em direção ao policial que já ia saindo da privada. Ofereceu-lhe papel e ele educadamente agradeceu “muito obrigado, já estou de saída”. A viúva foi a ultima na sua relação, apenas com a sua corneta continuou...

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