segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O AZARADO


Autor: José Lemos
Pimentinha acordou se sentindo tão mal que resolveu procurar emprego, de preferência na Prefeitura. Era amigo do chefe e nada mais justo, ser incluído na relação dos fantasmas. Ir uma vez ao mês receber o ordenado, para ele já era muito trabalho. No dia seguinte, já bem melhor, sacudiu aquele mal pensamento da cabeça foi direto ao mais importante: Um bom viver, sem o menor sacrifício.
Esperou pelo anoitecer, e foi direto á sua primeira missão, para a qual já havia preparado um pé de cabra capaz de arrancar com facilidade, cadeado por mais forte que fosse já por volta das dez horas da noite, com tudo pronto, esperava a cidade adormecer para agir sossegadamente. A vitima estava escolhida e o trabalho iniciado. Vários carros passaram e entre eles, uma viatura da policia que pimentinha ao ver dobrar a esquina, pensou está livre.
Para seu infortúnio, um membro da guarnição o conheceu e dando volta ao quarteirão o pegou com a boca na botija. Preso e algemado, sem conseguir justificativa para seu ato, virou-se para o cabo e perguntou “é justo efetuar policiamento num veiculo sem sirene”?...

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