sexta-feira, 29 de maio de 2009

O MOMENTO DA AVALIAÇÃO


Autora: Ângela Fernandes
Quando chega o momento de avaliar, tanto professores como estudantes estremecem. Há vários motivos para tal. Por um lado, para os professores. Avaliar é o momento incômodo e trabalhoso de preparar, corrigir e dar notas a exames ou provas. Tarefas que, para alguns deles, além de difíceis e cansativas, podem ser frustrantes, pois nem sempre as notas coincidem com avaliações informais feitas através de observações durante as aulas. Isso porque a prova ainda prevalece como o instrumento de avaliação mais objetivo e confiável, embora o acompanhamento do desempenho de estudantes através de apreciações estruturadas seja um procedimento válido, apesar de subjetivo. Por outro lado, para os estudantes, a prova é uma inimiga, pois quase nunca serve para que tenham a oportunidade de demonstrar o que aprenderam. Ao contrário, a prova anuncia a chegada do nervosismo e da ansiedade. Depois dela, é comum a sensação de terem sido mal avaliados.
Justificativas, tais como: ‘a prova não estava de acordo com o que foi feito em classe’ ou ‘a prova se ateve a aspectos que, embora não tenham sido valorizados em aula, foram cobrados’ são freqüentes entre os estudantes que também se sentem frustrados por seu mau desempenho em provas. Além disso, para professores, a avaliação pode gerar sentimentos de culpa pelos maus resultados de seus alunos, mas para alguns deles, até hoje, a avaliação é o momento de demonstrar poder, transformando-a em um instrumento de vingança contra bagunça, desrespeito ou pouco caso com a disciplina. Estudantes que vivenciam esse tipo de avaliação não vêem nada mais na prova do que um ataque do professor contra o qual usam a cola como defesa.
A avaliação da aprendizagem desempenha um papel importante na
educação, haja vista que é por meio dela que decisões são tomadas com o
Intuito de promover melhorias nos processos de ensino e aprendizagem
(HOFFMANN, 2001; LUCKESI, 2001).
Nossa experiência demonstra que avaliar adequadamente exige um conhecimento que não é compartilhado pela maioria de professores e estudantes, em conseqüência da não compreensão do papel da avaliação e do uso da avaliação como ameaça. Isso, por sua vez, decorre de uma abordagem marginal à avaliação em cursos de formação de professor, sendo mais comum encontrar o tratamento da avaliação como um conteúdo programático em cursos de didática do que como uma disciplina na grade curricular desses cursos. Isso faz com que se avalie sem muita clareza, perpetuando-se as queixas de professores e estudantes sobre provas que não avaliam bem, a cola como uma prática aceita no meio educacional e a incoerência das avaliações.
Artigo com base no Texto de Laura MiccoliUniversidade Federal de Minas Gerais - UFMG

2 comentários:

Anônimo disse...

gostei D+

Anônimo disse...

O momento de avaliação é uma forma para ver se aprendemos, no entanto existe como em qualquer escola alunos que não se interessam em procurar estudar isso gera uma certa insegurança levando ao ato de colar a prova.Um verdadeiro estudante é aquele que tem compromisso de estudar não importa sua classe social, sua cor.