Hospital de Itacoatiara
Autora: CRISTIANE FARIAS LOPES
Nasceu em Itacoatiara, em 25.11.73, estudou na Escola Estadual Nossa Senhora do Rosário de Fátima.
Participação: Vl CONPOFAI / 91.
Poema: Itacoatiara, “Berço em Agonia”.
Este é o berço e a terra onde nasci.
Tuas lindas ruas onde imperava o verde com abundancia
Estavam sempre cheias de pássaros a cantar.
Ah! aqueles tempos de outrora,
Da minha infância querida,
Que o tempo levou e não trouxe mais.
Deixou-me um sentimento de tristeza.
Que nem eu mesma sei descrever.
Hoje em dia vejo a minha cidade,
Com a ganância dos homens,
Suas ambições Maléficas.
Toda destruição e ultrajada em seu orgulho.
Ah! minha cidade querida
Se soubesse como estou a sofrer,
Existe um vácuo em minha mente
E uma grande dor no meu coração.
Juro que nem eu mesma sei o que é
Acho que deve ser uma doença incurável,
Por te ver no estado de lamuria,
E tristeza em que te encontras.
Quando levo meu pensamento ao passado
te olhava tão linda cheia de atrativos naturais.
Ah! como te admirava,
E me sentia grande e forte
No meu tempo de criança.
Hoje agora no presente com esse tal do progresso
Trocaram o verde pelas cinzas.
O cantar dos pássaros, pelas buzinas dos carros.
O ar saudável por fumaças das fábricas,
E o calor sufocante das queimadas,
Que dizima nosso verde a fauna.
E tu minha cidade querida,
Com o passar dos anos,
Continua cada vez mais doente,
Desse mal incurável;
Chamado progresso destruidor.
Meu coração com um sentimento,
E minha mente começa a se preencher,
Do vazio em que te encontraste.
Ah! eu descobri,
De tanto não querer acreditar
Mas tive de aceitar a realidade.
Esse sentimento é “ódio” um ódio tão intenso
Que não dá mas pra esconder.
Eu odiando o mundo e minha cidade,
Morrendo… Morrendo…
E eu odiando… odiando esse mundo cruel e ingrato.
“Ah! minha querida cidade se o tempo, Voltasse atrás nós viveríamos felizes”.
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