quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

CENTRO – BAIRRO

É chamado Centro porque foi nesse local que a cidade começou a se desenvolver.

A Matriz de Nossa Senhora do Rosário é o marco referencial central porque toda a vida social, politica, religiosa foi em torno da Igreja.

P1000237

Catedral de Nossa Senhora do Rosário

Esse núcleo urbano in incialmente começou com a instalação da capela dedicada à padroeira, de frente para o rio amazonas. Foi uma construção de madeira coberta de palha e, mais tarde, construída de taipa, coberta de telha. Estava localizada onde é hoje a quadra de esporte Herculano de Castro e Costa.

igreja matriz 02

Capela de taipa e cobertura de telha

Ao redor da Matriz iam-se instalando as casas residências, também construídas de taipa, o comercio, as repartições.

Passando de Vila à cidade, em 25 de abril de 1874, com a denominação de Itacoatiara ela começou a expandir-se. Nessa época o centro era composto de construções que iam da beira do rio amazonas até a atual Dr. Luzardo Ferreira de Melo e da 7 de setembro até a 15 de novembro.

O centro é um quadrilátero que vai da beira do rio amazonas, 15 de novembro, Benjamin Constant, Av. Manaus, rua Ocidental com nove ruas no sentido leste-oeste e dez no sentido norte-sul.

Com o tempo e a medida que a população foi aumentando, o centro da cidade evoluiu bastante até chegar o que é hoje: rua arborizadas, edifícios antigos como os da rua Quintino Bocaiuva onde esta situada a papelaria vitória, prédio Ilídio Ramos & irmãos, Associação Comercial, casa anglo (mercadinho ouro verde), casa izagui & irmãos (prodente) entre outros.

Izagui & Irmão - Novo

casa izagui & irmãos (prodente)

Algumas praças fazem parte do centro: Praça Chibly Abraim (em frente ao restaurante Panorama), Praça Luiza Valério (Praça do relógio), Praça 13 de maio ( Praça da Matriz) e Praça de São Francisco.

Praça Luiza Valério de Oliveira em Itacoatiara 2

Praça Luiza Valério de Oliveira

No centro existe a melhor infra-instrutura da cidade com atendimento médico, odontológico, alimentar, educacional, religioso. Possui ainda serviço de água, luz, telefone, coleta de lixo e varias ruas com galerias pluviais, atendimento bancário e prefeitura.

ANTIGA_P

Praça 13 de maio ( Praça da Matriz)

DELIMITAÇÃO GEOGRAFICA DO CENTRO

  • Ao norte limita-se com Bairro de Iraci e Pedreiras
  • A leste: Santa Luzia e Jauari
  • Ao sul: Rio Amazonas
  • A oeste: Bairro da Colônia

Tem cinco avenidas e catorze ruas, algumas largas e compridas como a Avenida Parque ou estreita como o trecho da Rua Cassiano Secundo ou pequenas como Coronel Barbosa e Monsenhor Pereira. No centro moram muitas pessoas de classe alta e média.

P1000244

Restaurante Panorama

JAUARI - BAIRRO

PA300151

Centro Comercial do Jauari

O bairro do jauari surgiu ao redor de um lago. É assim denominado porque no lago existiam muitas palmeiras de jauaris. O lago era bastante piscoso e além de muito peixe encontrava-se uma grande variedade de quelônios . Sua nascente localizava-se no terreno da atual Rádio Difusora de Itacoatiara. nascia com um pequeno fio de água cristalina. regatas de canoa eram praticadas no lago.

Com o passar dos anos foram derrubados os jauarizeiros, cujas frutas serviam de alimento aos peixes, com o tempo foi aterrado e tornou-se um anhingal.

Mutirão

Anhingal

Mais tarde, onde é hoje a atual Rádio Difusora, começaram a se instalar agricultores, pediam à Prefeitura terreno para morar. Ela concedia através do prefeito da época e marcava o prazo de cinco anos para o morador construir benfeitoria. Se nada fosse construído o terreno retornaria para a prefeitura.

No inicio eram alguma barracas, depois surgiram mais e mais. Então, com os terrenos doados pela prefeitura aumentou o número de barracos e de roçados.

Antigamente, na época das enchentes, o bairro era ligado ao centro por pontes. Hoje, com os aterros feitos, elas não são mais necessárias. Uma das pontes foi construída pelo Americano residente e fazendeiro em Itacoatiara James Stone, era uma ponte de madeira sobre o lago do jauari sendo doada a prefeitura em 1890.

Cópia de ponte stone

Ponte da Estrada Stone – Construída por James Stone.

Em 1953-60 a prefeitura desapropriou uma área de terra que se tornaria a Rua Gaspar Maia, depois a Rua Marcilio Dias.

No jauari se estabeleceram alguns japoneses. Quando da tentativa de nova colonização para a Amazônia muitos japoneses ficaram no KM 27 da estrada Manaus-Itacoatiara. Aqui não tiveram muito incentivo. Algumas famílias da época: Dairó, Taketome, Mori. Elas se dedicaram ao plantio de hortas. Havia muita verdura naquele período.

Os japonese trouxeram vários benefícios para a cidade:

  • implantação de novo sistema de produção, – cultivo da juta.
  • início da oleicultura, – introduziram novos costumes.

O bairro tem dois conjuntos com 1.160 casas: Conjunto da Carolina e da Gethal.

É um bairro bem movimentado. É residencial, industrial e comercial.

Imagens novas 005

Tradicional bar do bairro do jauari

É um bairro de predominância da classe baixa e média. dotado de infra-estrutura.

Imagens novas 003

Clinica Médica

DELIMITAÇÃO GEOGRAFICA DO BAIRRO JAUARI

  • ao norte limita-se com os bairros de Santa Luzia, São Jorge e Fazenda Cacaia, pela Rua Nossa Senhora do Rosário.
  • a leste: Fazenda Cacaia e anhingal.
  • ao sul: com o Rio Amazonas.
  • a oeste com o Centro pela Rua Ocidental (sentido leste-oeste).

Além das ruas 1 e 2 (projetadas entre a Rua Luzardo de Melo e Nossa senhora do Rosário) tem ainda os Becos: do Lelé, Mendonça Furtado, Teodorico Nunes, Uatumã, Francisco Ribeiro Neves, do Camaleão e a travessa 10 de Dezembro. São contadas entre as Ruas e a Estrada: Stone e a Estrada do Japonês.

Imagens novas 009

Antiga estrada dos japoneses

Os limites desse bairro são: Rua Nossa Senhora do Rosario (norte), Rua Abílio Marques (leste), Rua Rio Amazonas (sul) e Rua Ocidental (oeste), Rua Manaus.

Imagens novas 006

Delegacia de policia

AURICÉLIA ALVES FERNANDES - POESIA

Nasceu em Itacoatiara, a 14.06.1941;

Professora Normalista Rural (Dorotéia) – 1960;

- Professora Normalista – Escola Normal Nossa Senhora do Rosário;

- Auxiliar de Escritório – Escola Comercial de Itacoatiara – 1960;

- Curso de Treinamento de Professores do 1º Grau do Ensino Supletivo para as 1ª séries – 1973 – Coordenação de Ensino Supletivo –U.E.I;

- Curso de “Técnicas de Elaboração de Currículo” promovido pela FEA/SEDUC;

- Curso de Diretores de Escola (1971) projeto MEC/UNICEF/UNESCO;

- Seminário sobre Associação de Pais e Mestres e Comunitários em Itacoatiara/AM. (1983);

- Curso de “Matemática” para a 2ª série, promovido pela Seduc/FEA e MEC;

- Curso de Linguagem para a 2ª série, promovida pela SEDUC/FEA e MEC;

- Curso de Catequista – Paroquia Nossa Senhora do Rosário (1960);

- Curso de Material Regionalização – 1 2 volume – Núcleo de Recursos Tecnológicos – Manaus 1985);

- Curso de Aperfeiçoamento para docentes das disciplinas de Formação Especial ( 1981) “Padre José de Anchieta”;

- Professora Licenciatura em Ciências Sociais (1976) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Porto Alegre 28 de Fevereiro de 1970 B.C;

- Poetiza com participação no CONPOFAI

- Livros inéditos: “Quatrolenes” e “Mantim dos Retábulos”

- A Razão de Uma Esperança/Devaneios

POEMAS

EU

Sou triste e sentimental

Gosto muito de escrever

Porque quando eu escrevo

Diminui o meu sofrer.

Sou cheia de preconceitos

De desejos e ansiedades

E quando amo eu vivo

Não quero sentir saudades.

Sou feita de sentimentos

Tenho muito amor pra dar

Tenho esperança no peito

De um dia você voltar.

Mas… a vida é assim

A arte do desencontro”

Hoje que te encontrei

Aumentou mais o meu pranto.

Mas… quem não sentiu saudades?

Quem não sofreu e sorriu?

Hoje tento esquecer

Aquele que me feriu.

E para que isso aconteça

Preciso usar a razão

Arrancar deste meu peito

Este louco coração.

MEU PERFIL

AMIGO E CARO LEITOR

VOU LHE DIZER A VERDADE

SINTO-ME BEM QUANDO ESCREVO

MINHA VIDA É ESTA SAUDADE.

POR ISSO NESTE MOMENTO

COLOCO NESTE PAPEL

AS DORES E AS TRISTEZAS

QUE AMARGAM COMO FEL.

VOU FALAR TUDO DE MIM

COM SOU E O QUE ME RESTA

DE TUDO QUE MUITO GOSTO

E TAMBÉM O QUE DETESTO.

AMO A VIDA E AS FLORES

ADORO TODAS AS CRIANÇAS

PORQUE NELAS AINDA ENCONTRO

A VERDADE E A ESPERANÇA.

GOSTO DE TUDO, DAS COISAS

E TAMBÉM DA SOLIDÃO COMPANHEIRA E AMIGA

DESTA LOUCA INSPIRAÇÃO.

GOSTO DE FICAR SÓ

DE VER O TEMPO PASSAR

DE COMPOR ESTE POEMAS

E TAMBÉM DE COZINHAR.

GOSTO DE LECIONAR

PORQUE POSSO TRANSMITIR

DEIXO SEMPRE EM CADA ALUNO

UM PEDAÇINHO DE MIM

O QUE MAIS GOSTO NA VIDA

É CURTIR AS “QUATROLENES”

DE VÊ-LAS SEMPRE SORRINDO

VIVENDO ALEGREMENTE.

VEJA O QUE DESTO,

É A POUCA SINCERIDADE

QUE ENCONTRO NOS AMIGOS

SEMPRE QUE BUSCO A VERDADE.

DETESTO A MÃO MISERAVEL

QUE PODE AJUDAR O IRMÃO

MAS NUNCA TENTA LHE DÁR

UM PEDAÇO DE PÃO.

DETESTO TODO EGOISMO

A INVEJA E O RANCOR

QUE FAZ MUITAS PESSOAS

GENTE DE POUCO VALOR.

DETESTO A INDIVIDUALIDADE

A VOZ QUE VIVE E HUMILHAR

FERINDO AMARGAMENTE

ALGUÉM SEM SORTE E SEM LAR.

MAS… O QUE TANTO ME MACHUCA

NESTAS HORAS DE AFLIÇÃO

É VER VOCÊ ME TRAIR

EU, QUE LHE DEI A MÃO.

MAS… A VIDA É MESMO ASSIM

FAZ O BEM, “NÃO VÊ A QUEM”

E O MAL QUE TE DESEJO:

SÊ FELIZ E VIVA BEM.

VOCÊ SABE O QUÊ É POEMA?

Poema é saudade

É tédio, é tristeza

É dor, é angústia

É mal e incerteza.

É o que se sente

No corpo e na alma

É mal que nos enche

De dor e acalma.

É algo amigo

È tudo que existe

UM mal incurável

Que sempre persiste.

É grito, é sofrer

É hipocondria

É tédio que tira

Da gente a alegria.

É um grito de dor

De quem já sofreu

De quem sempre amou

E nunca esqueceu.

E as vezes o poema

É apelo é bonança

De quem neste vida

Tem muitas esperanças.

Por isso eu vivo

De amor e poesia

Porque minha vida

É triste e vazia.

E só no poema

Encontro razão

Pra desabafar

O meu coração.

O poema é pra mim

Meu pão e alimento

Porque extravaso

O meu pensamento.

E quando estou triste

Procuro a poesia

Pois pra ser feliz

Invento as alegrias.

DECISÃO

HOJE VOU CONSTRUIR A MALOGRADA SORTE

JUNTAR TODOS OS RETALHOS DOS MEUS SOFRIMENTOS

TENTAR MANTER O JOGO DO DESTINO

e SER FELIZ POR UM MOMENTO.

VOU ESQUECERR O SENTIMENTALISMO

QUE SEMPRE FEZ DE MIM O QUE BEM QUIS

TIROU-ME A ALEGRIA DE VIVER

E NUNCA OPTOU PRA EU SER FELIZ

VOU ARRANCAR DO PEITO O CORAÇÃO

QUE NUNCA SE IMPORTOU COM MINHA SORTE

ENCHEU MEU DIA, DIA DE TRISTEZAS

e POUCO A POUCO ME DISTINA A MORTE.

VOU PROCURAR A TAL FELICIDADE

APESAR DO POUCO QUE ME RESTA

VOU CONSTRUIR DE NOVO MEU CAMINHO

NO CURTO ESPAÇO DE VIDA QUE ME RESTA.

VOU TIRAR AS LENES DA MINHA CABEÇA

VOU AFASTAR DO PEITO ESTA SAUDADE

VOU CONSTRUIR UM MUNDO DIFERENTE

E ENCONTRAR A TAL FELICIDADE.

VOU TENTAR, TENTAR TALVEZ CONSIGA

TAMBÉM TIRAR DO PEITO ESTA PAIXÃO

QUE ME ARRASTA E ME DESTROI A VIDA

E QUE ME FERE O TRISTE CORAÇÃO.

E SE FOR IMPOSSIVEL CONSEGUIR

QUERO SENTIR DE NOVO A NOSTALGIA

QUE DURANTE OS MEUS 50 ANOS

TIROU-ME O SOSSEGO E A ALEGRIA.

QUE DIGAM QUE SOU LOUCA, QUE ME IMPORTA?

SE TUDO NA MINHA VIDA ACONTECEU

MEU MUNDO PRA SEMPRE SE ACABOU

DESDE O DIA QUE PAPAI MORREU.

SER GENTE

SER GENTE

É SER FARRAPO NAS UNHAS DA DESGRAÇA

SER GENTE

É SORRIR MUITAS VEZES UM SORRISO

DE ESQUELHA, DE TRISTEZA QUE PERPASSA

SER GENTE

É SENTIR-SE MUITASS VEZES SÓ

SEM QUE NINGUEM LHE TRAGA UM PRATO DE COMIDA

NÓS SEMPRE FOMOS GENTE

EU, VOCÊ, TODOS QUE NOS RODEIAM

TALVEZ ENTRE NÓS EXISTA UM

QUE SENDO GENTE, DEMONSTRE SER FELIZ

EMBORA DE TRISTEZAS E AMARGURAS

A ALMA ESTEJA CHEIA.

HOJE

HOJE,

ESCREVI UM POEMA DIFERENTE

UM POEM DE AMOR E AVENTURA

UM POEMA QUE TRAZ DENTRO DE SI

A ESSÊNCIA PURA DA TERNURA.

HOJE,

EU VIVI UM DIA DIFERENTE

ONDE A PAZ SE REFLETE EM HARMONIA

ONDE A DOR SE DESTROÇA SEM DEIXAR

O SER HUMANO EM LOUCA AGONIA.

HOJE,

EU QUIS ESCREVER UM POEMA DE AMOR

PARA FALAR DE TODOS OS SENTIMENTOS

QUE TRAGO DENTRO DE MINH’ALMA MORTA

QUE SE TRADUZEM EM LOUCOS PENSAMENTOS.

HOJE,

É SEMPRE O HOJE E O AMANHÃ TAMBÉM

ESCREVEREI POEMAS DE AMOR

FALAREI DA PAZ QUE VIVO AGORA

SEM DEIXAR TRANSPARECER A MINHA DOR.

PROCURO

PROCURO UM AMOR MUITO SINCERO

QUE POSSA SIMPLESMENTE ME AMAR

QUE FAÇA DE MINHA VIDA OUTRA VIDA

E NUNCA SE PROPONHA A ME DEIXAR

PROCURO UM AMOR SEM PRECONCEITOS

QUE POSSA SEM MEDO CONFIAR

QUE ABRA O CORAÇÃO PRA ESTE AMOR

E SÓ TENHA PRA MIM O SEU OLHAR.

PROCURO UM AMOR SEM COMPROMISSO

QUE VENHA A MINH’ALMA PENETRAR

E SEJA TÃO PROFUNDO O SEMTIMENTO

QUE NUNCA PODERÃO NOS SEPARAR.

PROCURO UM AMOR BEM DIREFENTE

QUE VENHA A MINHA SORTE TRANSFORMAR

QUE POSSA ME AMAR PROFUNDAMENTE

E FAÇA O MEU CORPO DELIRAR.

PROCURO UM AMOR, ONDE ENCONTRAR?

SERÁ MUITO DIFICIL ESTA MISSÃO

SE EU NÃO ENCONTRAR O GRANDE AMOR

PRA SEMPRE VOU VIVER NA SOLIDÃO.

TÉDIO

EU SEI A EMOÇÃO FALA MAIS ALTO

DE TUDO QUE FIZEMOS NESTA VIDA

O TAL AMOR QUE UM DIA NOS UNIU

FEZ DE NÓS DOIS AS PESSOAS MAIS SOFRIDAS.

É TRISTE QUANDO ISTO ACONTECE

QUANDO SE TEM NO PEITO A ILUSÃO

DE SER FELIZ UM DIA COM ALGUÉM

QUE FEZ VIBRAR SEU CORPO DE PAIXÃO.

PIOR QUE TUDO ISSO É O MAL SECRETO

QUE SE ESCONDE NA ALMA SEM RANCOR

SE ESSE AMOR NÃO DEVIA TER NASCIDO

PORQUE SE TORTURA COM TANTA DOR?

DEITAMOS SIMPLESMENTE PRA DORMIR

O ÊXTASE DA PAIXÃO EXTERMINOU

QUANDO O CASAL NÃO SENTE MAIS PRAZER

A VIDA SIMPLESMENTE SE ACABOU.

O CÉU E O INFERNO

 por-do-sol 01

Pôr-do-sol (Itacoatiara)

Autor: PAULO COELHO

Um homem, seu cavalo e seu cão caminhavam por uma estrada. Quando passavam perto de uma árvore gigantesca, um raio caiu, e todos morreram fulminados.

Mas o homem não percebeu que já havia deixado este mundo, e continuou caminhando com seus dois animais; às vezes os mortos levam tempo para se dar conta de sua nova condição...

A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados e com muita sede. Precisavam desesperadamente de água. Numa curva do caminho, avistaram um portão magnífico, todo de mármore, que conduzia a uma praça calçada com blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina.

O caminhante dirigiu-se ao homem que guardava a entrada.

- Bom dia.

- Bom dia - respondeu o homem.

- Que lugar é este, tão lindo?

- Aqui é o Céu.

- Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede.

- O senhor pode entrar e beber água à vontade.

E o guarda indicou a fonte.

- Meu cavalo e meu cachorro também estão com sede.

- Lamento muito, mas aqui não se permite a entrada de animais.

O homem ficou muito desapontado porque sua sede era grande, mas ele não beberia sozinho; agradeceu e continuou adiante. Depois de muito caminharem, já exaustos, chegaram a um sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha, que se abria para um caminho de terra, ladeada de árvores.

À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu, possivelmente dormindo.

- Bom dia - disse o caminhante.

O homem acenou com a cabeça.

- Estamos com muita sede, meu cavalo, meu cachorro e eu.

- Há uma fonte naquelas pedras - disse o homem e indicando o lugar. - Podem beber a vontade.

O homem, o cavalo e o cachorro foram até a fonte e mataram a sede. Em seguida voltou para agradecer.

- Por sinal, como se chama este lugar?

- Céu.

- Céu? Mas o guarda do portão de mármore disse que lá era o céu!

- Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno.

O caminhante ficou perplexo.

- Vocês deviam evitar isso! Essa informação falsa deve causar grandes confusões!

O homem sorriu:

- De forma alguma. Na verdade, eles nos fazem um grande favor. Porque lá ficam todos aqueles que são capazes de abandonar seus melhores amigos...

“O TEMPO DOS TEMPOS” – POESIA

Carlos Alberto Brasil Ferreira

Nascido em Igarapé-Mirim/PA, a 17/08/53. em 1988, residiu em Itacoatiara, razão de sua participação do lll CONPOFAI/88. Atualmente, reside em Belém/PA.

Licenciatura Plena em Matematica e Engenharia Civil, ambas graduações pela Universidade Federal do Pará.

Parcipação: lll CONPOFAI/88

Poema: “ O TEMPO DOS TEMPOS” (2º lugar dividido com Jean Elaine Lopes e Darlinda Regô da Silva).

Ah twmpo que de foste

Volta, ó tempo

Não brinques comigo. ó tempo

Porque passas em qualquer tempo

Se cresces, não envelheces

Quem és tu, ó tempo?

Se és criança ou és adulto

Então, ó tempo

Volta atras no tempo

E dá um tempo ao tempo

Traze de volta o tempo bom

Me leva de volta aos bons tempos

Tempos idos, tempos amados

Amados tempos

Não te vi chegar, ó tempo

Encheste meu coração

Deixaste o tempo passar

E de mim tudo levar

Ó tempo de hoje

Que viraste amanhã

Como és tempo hoje

Traze agora o meu amor

Ainda há tempo no tempo.

CIDADE LAZER – POESIA

PICT9154

Rio Amazonas

Autor: Edval Meireles de Assis

Edval Meireles de Assis

Nasceu nas margens do Rio Madeira, 1962, fixando –se em Itacoatiara, onde vive até hoje.

Formou-se em Arte Dramática. Locutor de radiodifusão. Em 1988, publicou o Livro “Ilusões do Jogo”. Obteve o 2º lugar no 1º Concurso de Poesia Escrita de Itacoatiara.

Participação: lV CONPOFAI /89

Poemas: “FAUNA AMAZÕNICA” e “HÁ LEIS (?)…”

Vejo, ao entrar na mata:

Onça, veado, tatu;

Vejo até bicho de casco,

Peixe-boi e pirarucu

Jacaré; porco do mato,

Macacos subindo em varas,

Maracajá, anta e paca,

Tamanduá e capivara;

Tem cutia, jabuti…

Aves todas voando;

Garças, marrecas, bem-te-vi,

Papagaios, araras cantando

O agourento ticuã;

O imitador japiim;

Tipo peru: é mutum voado;

Inambu e o jacamim.

Agora vejo alvoroço

Fico quieto escutando:

Uirapuru, o lindo “moço”

Sua canção entoando,

Passarinhos vêm a grosso

Tem canto do curió,

Tem canário Também, seu moço,

Gaivota e rouxinol.

É uma grande conferencia:

Peixe, pássaros, animais,

Choram seus antepassados

Que hoje não vivem mais…

Elaboram um documento

Aos homens do poder

Resumido nesta frase:

DEIXEM-NOS SOBREVIVER!”

V CONPOFAI /90

POEMAS: “CIDADE LAZER” e “LEGADO

Itacoatiara, tu és linda

Sob um céu de esplendor,

Es a filha abençoada

Do nosso bondoso senhor.

Nasceste, então cresceste,

Es um berço colossal

Minha querida cidade

O teu encanto é real.

Itacoatiara és meu mundo

Pois sou teu filho também,

Beija-te o Rio Amazonas

Que nasce muito além.

O canto do curió

Faz sonorizar o ar,

Ás margens dos lagos vejo

gaivotas ao luar.

Por isso eu te venero

Minha “Cidade Lazer”

Cantando tuas maravilhas

Para todo o mundo ver

Vl CONPOFAI /91

POEMAS: MARAVILHAS DO AMAZONAS” e “SONHOS DE UM POETA”

ITACOATIARA, “BERÇO EM AGONIA” - POESIA

hospital José Mendes

Hospital de Itacoatiara

Autora: CRISTIANE FARIAS LOPES

Nasceu em Itacoatiara, em 25.11.73, estudou na Escola Estadual Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

Participação: Vl CONPOFAI / 91.

Poema: Itacoatiara, “Berço em Agonia”.

Este é o berço e a terra onde nasci.

Tuas lindas ruas onde imperava o verde com abundancia

Estavam sempre cheias de pássaros a cantar.

Ah! aqueles tempos de outrora,

Da minha infância querida,

Que o tempo levou e não trouxe mais.

Deixou-me um sentimento de tristeza.

Que nem eu mesma sei descrever.

Hoje em dia vejo a minha cidade,

Com a ganância dos homens,

Suas ambições Maléficas.

Toda destruição e ultrajada em seu orgulho.

Ah! minha cidade querida

Se soubesse como estou a sofrer,

Existe um vácuo em minha mente

E uma grande dor no meu coração.

Juro que nem eu mesma sei o que é

Acho que deve ser uma doença incurável,

Por te ver no estado de lamuria,

E tristeza em que te encontras.

Quando levo meu pensamento ao passado

te olhava tão linda cheia de atrativos naturais.

Ah! como te admirava,

E me sentia grande e forte

No meu tempo de criança.

Hoje agora no presente com esse tal do progresso

Trocaram o verde pelas cinzas.

O cantar dos pássaros, pelas buzinas dos carros.

O ar saudável por fumaças das fábricas,

E o calor sufocante das queimadas,

Que dizima nosso verde a fauna.

E tu minha cidade querida,

Com o passar dos anos,

Continua cada vez mais doente,

Desse mal incurável;

Chamado progresso destruidor.

Meu coração com um sentimento,

E minha mente começa a se preencher,

Do vazio em que te encontraste.

Ah! eu descobri,

De tanto não querer acreditar

Mas tive de aceitar a realidade.

Esse sentimento é “ódio” um ódio tão intenso

Que não dá mas pra esconder.

Eu odiando o mundo e minha cidade,

Morrendo… Morrendo…

E eu odiando… odiando esse mundo cruel e ingrato.

“Ah! minha querida cidade se o tempo, Voltasse atrás nós viveríamos felizes”.

ATÉ QUANDO IRÃ - POESIA

Carlos Alberto Miranda de Souza

Nascido em Itacoatiara, a 28.09.60

Formado em contabilidade/2º grau. obteve o 2º lugar no Festival Estudantil de Poesia de Itacoatiara, com o poema “ANTES QUE SEJA TARDE”.

Participação: I CONPOFAI /86

Poema: “ATÉ QUANDO IRÔ ( Premio de melhor Interprete).

Onde estará o verde que outrora vi?

Não cantam mais as ciganas, os marrecos

E os Bem-te-vis.

Como era lindo tudo isso,

Os maracanãs, os tucanos,

O azul das águas e até o jabuti.

Sem que ninguém o pegasse, matasse e o saboreasse.

Lembro-me a maravilhosa gaivota

A sobrevoar nossas mentes,

Hoje entorpecidas de perguntas,

Todas juntas,

Sem respostas.Por que só nos fazem o mal?

E eu grito, resmungo,

Mas ninguém me escuta.

Por que hoje os Rios não correm?

O peixes Morrem ? o Ar não cheira?

O cheiro de vida e sim de morte,

Que sorte, a minha.

A poluição impera e ninguém faz nada?

Fazem sim, Leis Escritas, Leis Verbais,

Lei Nominais,

Para acabar, Mas continua.

Os Rios não correm, o Peixes morrem, o Ar não cheira

Quando acabará?

Hoje? Amanha? Nunca?

Não sei se viverei para ver.

Como conseguirei chegar até lá…?

Estou com trinta, será que farei cinqüenta ? muito menos

oitenta.

Os Rios não correm, Os peixes morrem, o Ar não cheira,

E a Madeira?

Está acabando.

Eles têm presas,

Trabalham, sábados, domingos

E fazem até promessa,

Pra não chover.

Os Rios não correm, Os peixes morrem, o Ar não cheira

Estou Morrendo.

lll CONPOFAI /88

Poema: “ANTES QUE SEJA TARDE”.

Veja!

Aqui você viveu, quando tudo era lindo.

O sol brilhava…

Assim como a noite chegava,

Rasgando o dia para um novo sol Brilhar.

Hoje!

Você comenta coisas,

Grita, pede resmunga.

Porém nem minhas palavras podem lhe calar.

Você fala,

E sempre fala das coisas boas, que aqui construiu.

Sua mulher, seus filhos e suas Árvores.

Sim! suas Árvores.

Estas, que hoje, já não se vê seu redor.

Veja se quiser, longe,

Muito longe daqui, sem outro por menor.

Antes você vivia sob sua copas,

Por sobre sua cabeça os pássaros Gorjeavam,

A sombra sobre seu corpo pairava.

Hoje, apesar de seus cabelos grisalhos,

Eles já não cantam e sim choram,

Choram numa sinfonia fúnebre.

Sim! Fúnebre.

Porque os pássaros negros voam,

Pairando sobre restos de suas carniças,

Deixadas pelas guerras de terras.

Você está caído,

Porém ainda é tempo de levantar

Você chora,

Mas não precisa chorar.

Levante… vamos, levante…

Ainda é tempo de sorrir, é tempo de viver.

Vá, una-se ao seu povo, só unido você conseguirá,

A união ainda é a maior força

Única forma de restaurar o lar da liberdade,

Que foi destruído pela marreta do ter mais.

Mobilizadora do ódio, da ganância.

da violência… da Morte.

Morte do louro e da Sardinha,

do Homem e da Arara.

Vá, meu irmão.

Ao contrario esta AMAZONIA terá fim,

como o deserto do SAARA.

“A PAZ DO MUNDO EM QUE VIVEMOS” - POESIA

itac13

Vista aérea de Itacoatiara

Autora: Denize Maria da Silva Oliveira

Nasceu em Itacoatiara, Professora, Municipal. Tem vários trabalhos inéditos.

Participou: lll CONPOFAI / 88

Poema: A PAZ NO MUNDO EM QUE VIVEMOS”

Como seria maravilhoso,

se neste mundo de desunião,

amarguras e desafios só

existisse a paz.

O mundo é a coisa mais bela que Deus nos deu,

Olhe a natureza!

Deus nos deu um mundo cheio de paz,

Amor e harmonia, mas o homem

tornou-o assombrador

onde a violência, amargura a cada

segundo aumenta.

Enquanto o homem preocupa-se

em preparar bombas para

desafiar uns aos outros,

a ironia de destruição

aumenta a cada minuto.

Basta um toque nos botões

e o mundo todo será destruído,

Quantas vidas são tiradas

antes de serem vividas?

quantas fome! É um misero mundo.

Será que é falta de Deus

no coração dos homens?

Ah! se existisse a paz

o mundo seria um oceano

de águas límpidas,

seria a natureza que

Deus deixou respeitada,

as pessoas respeitar-se-iam mutuamente,

existiria menos marginalização

e muito menos transtornos.

Ah! se existisse a paz,

se nós tivéssemos tempo de

pelo menos dizer bom dia!, com vai?

Se nós mães, cansadas da

labuta do dia, pudéssemos com o futuro

inseguro de nossos filhos.

Paz, que a esperança

não exista mais.

Quanto o teu dia chegar

iremos comtemplar de toda

a paz que Deus deixou.

Paz esperamos por você,

porque o mundo não te conhece.

“LIBERDADE DE CRIANÇA TRAVESSA” - POESIA

Darlinda Rego da Silva

Nascida em Itacoatiara, em 1953.

Jornalista pela UFAM e relações públicas. Em 1970, obteve o 1º lugar no concurso de poesias livre do Colégio Vital de Mendonça, em Itacoatiara. Diretora do Jornal Pedra Pintada de Itacoatiara. Melhor jornalista do ano 88/89 do Amazonas, com a matéria “Depredação da Amazônia Assusta o Mundo”.

Participação: lll CONPOFAI/88

Poema: “Liberdade de Criança Travessa” (Premio 2º lugar, dividido com Carlos Alberto Brasil Ferreira e Jean Elane Lopes)

Fui criança pobre e humilde

Corri nas ruas enlameadas

Nadei rios de correnteza

Enfrentei banzeiros de barcos e navios

Só respeitava o apito da “Burra Preta”

(Uma lancha veloz que provocava desastres)

Trepei em arvores

para colher frutos saudáveis

Brinquei nos quintais enfolharados

Tomei banho de chuva

colhendo mangas debaixo dos mangueirais

Escorreguei nas enxurradas

Senti o vento forte dos temporais

Fiz cacimba no olho d’água

Preparei para os coleguinhas

armadilhas na serragem,

Fiz igrejinhas de areia barrenta

Lavei roupa na beira do rio

Carreguei lata d’água na cabeça

Inebriei-me com o luar

Contei as estrelas

Fui atrás da lua quando ela queria me deixar

Acompanhei o Pôr-do-Sol

escondido por detrás das árvores

com reflexo nas águas do rio amazonas

Abri os braços, dei muitos abraços no vento

Curtindo a liberdade

de criança travessa

Ouvi dos mais velhos estórias de visagem

da cobra grande, do boto tucuxi

do bicho folharal, da gata borralheira…

Andei muito de bicicleta

sentindo-me como um pássaro

ao descer a rampa do mercado municipal

Corri… corri… redei, rodei…

até ficar tontinha

joguei bola e bolinha

Brinquei muito de casinha

Eu Criança humilde, livre e travessa

sempre rodeada de cunhantãs e curumins

fiz meus brinquedos de caroços de tucumã

carteiras de cigarros e

tampinhas de garrafas

Do leite da seringueira

fiz minha de pelada

De retalhos de pano e meia usada

fiz minha bruxa amada

Empinei papagaio

Derrubei frutas e latas empilhadas

com baladeiras e bolinha de tabatinga

Pendurei-me atrás das carroças

Encenei teatrinho no fundo do quintal

Fui macaca de auditório no grupo escolar

Corri atrás de palhaços de circo

Fiz de galhos de árvores meu trapézio

Andei de perna de pau

e de sapato de lata de leite

Brinquei de roda, de manja

e de 31 alerta!

E para completar

brinquei de murros na rua

E apanhei muitas surras

por causa de tudo isso

Mas fiz e fui FELIZ

Eu CRIANÇA; humilde, livre e travessa.

lV CONPOFAI /89

Poema: “Minha Amada Princesinha” Premio 1º lugar dividido com Quitéria Pereira) e ainda o Premio de Melhor Interprete.

Cansada de um dia exaustivo

De batalhar pela vida

No aconchego do meu lar

Tirei um tempo para orar

Entreguei meu corpo dolorido

Minha cabeça latejante

Meu coração partido

Em oferenda ao Senhor!

Adormeci pensante

Na minha paixão

Desenfreante

Ela é uma cidadã

Indefesa

Do baixo Amazonas

Princesa

Pariu-me, acalentou-me

Serviu-me de berço…

Alimentou-me

Com carne fresca

Leite de cabras

Peixe batendo abas

Bicho de casco

abundante…

E frutos regionais

Dos seus férteis quintais

Educou-me com religiosidade

Com preceitos morais

E muita simplicidade

Um belo dia

Na minha mocidade

Ao olhar o por do sol

Lá da praça do relógio

Vi um horizonte reluzente

Indicando caminho diferente

Que eu deveria seguir

Naquele momento

Desejei partir

Ao romper a aurora

Porque me amava

A princesa que me criava

Mandou-me embora

Ah! Itacoatiara

Cento e quinze anos

De solidão, de ferida

De exilio, de sangria

Ás tuas raízes

O que tiveste

Já se foi

O que chegou de bom

Não pode ficar

Não deram guarida

Ah! índia donzela

A tua morenice

Está ficando amarela

E tu eras tão bela!

Vejo teu semblante

Embebecido, drogado

Anestesiado

Vejo teu corpo

Adormecido, machucado

Prostituído

Vejo teus braços

Cruzados, acorrentados

Acomodados

Vejo teus cabelos

Envelhecidos

Tua mente esclerosada

Abandonada

Vejo tuas mãos calejadas

Teus pés inchados

Tua voz silênciosa

Teu olhar pedinte

Vejo teu povo infeliz

Cheio de cicatriz

Ah! Pedra Pintada

Tu tiveste teus baluartes

Amantes, apaixonados

Que por ti morreram

Que por ti pereceram

Foram poucos

Reduzidos estão

Mas são da melhor fibras

Daquela fibra de jutais

Daquela fibra que são

Nossos caboclos rurais

Ah! sereia inocente

Verás ainda com alegria

Os teus descendentes

Hoje dispersos

Em outras plagas

Que outrora entre lágrimas

Tiveram que largar tuas saias

Para a duras penas

Buscar tudo isso

Que careces agora

Voltarem às tuas raias

Esperançosos, revigorados

Para em sintonia

Com os que aqui estão

Resgatar teus valores

Libertar teus amores

Dar outro rumo

Para tua meninice

Para tua juventude

Para tua velhice

E mais que tudo

Torna-te valente

Torna-te competente

Mostrar-te sorridente

Minha amada princesinha!…